A TODOS DO PARQUE INDEPENDENCIA CONVIDO A OUVIR A RADIO DO BAIRRO E AINDA PODEM ESCOLHER O QUE VOCES QUEREM OUVIR SO MANDA E COLOCAMOS NA RADIO PARA VOCES.
Postagem em destaque
Fila para 600 reais do governo
População não se preocupa com coronavírus simplesmente vão às ruas filas imensas nos bancos
RELOGIO
sábado, 7 de dezembro de 2019
ASSEMBLEIAS EM TODO O ESTADO:

DEFESA DOS NOSSOS DIREITOS E CONQUISTAS, EMPREGO,
SALARIO, CONVENÇÃO COLETIVA E REAJUSTE SALARIAL
Pela primeira vez em quase toda história de
organização dos vigilantes da Bahia estamos
terminando um ano sem reajuste e entrando
outro com perspectivas muito sombrias diante
dos ataques aos nossos direitos e conquistas
pelos governos (municipal, estadual e federal)
e pelos patrões.
2019 foi de resistência a chantagem patronal
e tentativas de reduzir nossos salários e direitos.
E porque não teve convenção e aumento até
agora?
Porque uma direção sindical e categoria
que tem vergonha na cara não aceita perder
conquistas, direitos e reduzir salário para
beneficiar patrão. O sindicato e a categoria
disse não a:
• 216,00 reais no salário a menos todo
mês (120 do intervalo e 96 do Ad. Noturno);
• Autorizar as empresas a fazerem o curso
de reciclagem nas folgas, sábados, domingos;
• A voltar a cobrar uniforme ou não ter
prazo ou quantidade para troca;
CNTV/
Para 2020 os patrões já estão querendo em
alguns estados voltar a cobrança do curso de
reciclagem e retirar o ticket refeição de parte
da categoria.
Já os governos (município, estado e federal)
é redução de postos e desemprego, como na
UFBA e Secretaria de Educação do estado,
redução da periculosidade de 30% para 5%,
desconto de INSS do desempregado e muitas
outras maldades.
Neste clima de chantagem até a clausula da
“sucessão no emprego” (quanto uma empresa
perde o contrato a outra emprega a mesma
equipe de vigilantes) está sendo ameaçada, a
exemplo da situação dos colegas que atuavam
no Detran e 150 foi descartado pela dupla Map/
Detran, além das ameaças no Bradesco/Map.
RESISTIR, RESISTIR E LUTAR É A PALAVRA DE
ORDEM!
Para debater e definir a luta de 2019 e a luta
de 2020, todos nas assembleias.
Confira as informações da assembleia em
sua cidade ou região.
EM SALVADOR:
SEXTA E SABADO – 06 e 07/12 – SEMPRE ÀS
08h30
NO SINDICATO – R. DO GRAVATÁ, 23 - NAZARÉ
Fonte: SINDVIGILANTES/BA
MAIS UMA DE BOLSONARO CONTRA OS VIGILANTES

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FIM DO REGISTRO PROFISSIONAL NA CTPS.
VIGILANTE CORRE O RISCO DE VOLTAR A VIGIA
A Medida Provisória – MP 905, assinada por
Bolsonaro no ultimo dia 11 de novembro levou a
Coordenação Geral da Policia Federal (Brasília)
a emitir o parecer (nº 13129964/2019)logo em
seguida, afirmando que não é mais necessário
o “registro da profissão de vigilante” na CTPS.
Se o registro foi uma conquista da categoria
nos idos dos anos 80/90 para deixar de ser
“vigia”, a medida do governo abre brecha para
a esculhambação geral e podemos voltar a “ser
vigia”. Isto sem contar os vigilantes que são
CNTV/
FIM DO REGISTRO PROFISSIONAL NA CTPS.
VIGILANTE CORRE O RISCO DE VOLTAR A VIGIA
substituídos ou demitidos e contratados como
porteiros, vigias, etc.
Que os vigilantes fizeram com Bolsonaro?
Toda hora é uma maldade (fim da
aposentadoria especial, periculosidade de 30%
para 5%, etc.).
Nossa luta e mobilização contra
a MP-905 de Bolsonaro e Cia.
Vigilante é Vigilante!
SINDVIGILANTES/BA
ACORDO PARCIAL E MAIS DE 2 MILHÕES
E 600 MIL PARA OS VIGILANTES
VIGILANTES VIPAC/DETRAN:
Cerca de 40 vigilantes acompanharam o seu
Sindicato e testemunharam a luta e a longa
audiência de conciliação desta segunda-feira,
02/12, na Justiça do Trabalho para garantir que
os seus direitos não fossem caloteados pela
vipraga. A longa audiência começou às 14h e
terminou quase as 18h.
Apesar da tentativa do Detran de adiar a
solução para janeiro, a firmeza do Sindicato
e a presença e pressão “ inteligente” dos
colegas garantiu o fechamento de um acordo
parcial que assegura o pagamento de mais
de 2.600.000 para os vigilantes Vipac/Detran.
Os presentes foram da capital e de algumas
cidades do interior.
Veja os principais pontos do acordo:
O valor de 2.600.000 será destinado
integralmente para o pagamento de todos os
direitos dos colegas Vipac/Detran (rescisão,
FGTS não depositado, 40% do FGTS, reembolso
das reciclagens pagas diretamente e férias
vencidas não incluídas na rescisão);
Detran tem um prazo até o dia 13/12 para
depositar na justiça os 2.600 milhões. Com
deposito feito, o Sindicato levanta e disponibiliza
para os colegas;
A Vipac ficou de entregar ao Sindicato,
até o dia 09, o “kit rescisão” – TRCT, Seguro
Desemprego, Carta de Referência e PPP;
Outra audiência para tratar do saldo
remanescente ainda em poder do Detran e o
pagamento de quem não era do Detran ficou
marcada para 27.01.2020;
Os espelhos de rescisão e as chaves de
conectividade para saque do FGTS estão
disponíveis no Sindicato.
Outras informações e orientações serão
publicadas nos próximos dias, mas todos os
colegas podem acompanhar no site do TRT
(www.trt5.jur.br) o andamento do processo
Anote o numero: 0000742.77.2019.5.05.0007.
A juíza da conciliação fez questão de
parabenizar o Sindicato e os vigilantes pela
luta por seus direitos.
Para a direção do Sindicato, missão e
compromisso cumprido: DEFENDER O DIREITO
DOS VIGILANTES, SEM PELEGO E SEM PATRÃO!
SINDVIGILANTES/BA
Senado aprova aposentadoria dos
militares sem idade mínima e com
benefício integral
A proposta aprovada nesta terça na Comissão de Relações
Exteriores e Defesa Nacional do Senado tem ainda várias
vantagens em relação a dos trabalhadores da iniciativa
privada e servidores civis
A Comissão de Relações Exteriores e Defesa
Nacional do Senado aprovou nesta terça-feira
(3) o projeto de lei que reestrutura as carreiras e
reforma o sistema previdenciário dos militares.
O PL 1.645/2019 segue agora para o Plenário. Se
aprovado sem alterações, segue para sanção
presidencial.
A proposta que altera as regras da Previdência
das Forças Armadas, da Polícia Militar e do
Corpo de Bombeiros nos estados tem várias
vantagens em relação aos trabalhadores e
trabalhadoras da iniciativa privada e servidores
públicos, entre elas, não têm obrigatoriedade
de cumprir de idade mínima de 65 anos
(homens) e 62 anos (mulheres) para requerer a
aposentadoria.
Hoje, a idade para aposentadoria dos
militares varia de 44 a 66 anos, dependendo do
posto ou graduação. O PL 1.645/2019 eleva essa
idade para 50 a 70 anos, o que permitirá que
os militares de todas as patentes passem mais
tempo na ativa, se quiserem,
Quando se aposentarem, os militares
receberão o mesmo valor do último salário
(integralidade) e os reajustes serão iguais aos
dados aos ativos.
A regra é diferente da dos servidores
públicos civis federais, por exemplo, que só
recebem salário integral e têm paridade de
reajustes se tiverem ingressado no serviço até
2003 e cumprirem uma das regras de transição.
E mais diferente ainda da regra aprovada para
os demais servidores e todos os trabalhadores
e trabalhadoras da iniciativa privada que terão
o valor da aposentadoria calculado levando em
conta o tempo de trabalho, limitado pelo teto
do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS),
que é de R$ 5.839,45, este ano.
A contribuição dos militares será de 10,5%.
Trabalhadores e trabalhadoras da iniciativa
privada contribuem mensalmente com
percentuais que vão de 7,5% a 11,68% ao INSS.
Em compensação, os militares terão direito a
adicionais pela dedicação exclusiva à carreira,
que podem variar de 5% no início da carreira,
a 32%, no final. Para os oficiais-generais, o
percentual vai de 35% a 45%. Além disso,
os militares terão um reajuste no adicional
de habitação anuais, até 2023, que serão
incorporados aos soldos, e nas ajudas de custo,
gratificações de representação e auxíliostransporte.
Os adicionais são exclusivos para os
oficiais e militares em postos de comando, o
que revoltou os militares de patentes mais
baixas que acharam pouco ter conseguido
aposentadoria com o último salário integral e
os reajustes para aposentados e pensionistas
iguais aos dos da ativa.
O relator entendeu a insatisfação, mas
optou, pelo menos por enquanto, por manter
o texto como veio da Câmara para que a
reestruturação possa entrar em vigor a partir
do ano que vem. Segundo ele, os senadores da
CRE estão negociando com o governo federal
para que sejam os adicionais corrigidos em
outra proposta.
“Esta reestruturação determina reajustes em
soldos e adicionais já a partir de 1º de janeiro
de 2020, então precisa ser aprovada ainda
este ano. Qualquer mudança fará com que a
proposta retorne à Câmara dos Deputados. Por
enquanto, a melhor solução para mudanças
será a encontrada em diálogo com o governo
federal”, explicou Arolde.
O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) apresentou
duas emendas à reestruturação, com o objetivo
de mudar a nova configuração dos adicionais
e corrigir o que ele chama de “distorções” que
prejudicam os militares de patente mais baixa.
“O próprio relator admitiu que o projeto
tem distorções. Precisamos nos reunir com o
presidente Bolsonaro e já formulamos essa
solicitação ao general Luiz Eduardo Ramos
[ministro da Secretaria de Governo]. O governo
precisa assumir o compromisso de contornar
as crassas distorções deste texto. Bolsonaro
é militar, trabalhei junto com ele por dois
mandatos na Comissão de Defesa da Câmara
e ele sempre defendeu estes segmentos. Ele
precisa se dar conta inteiramente do que se
passa, e com urgência”, disse Izalci.
O senador Humberto Costa (PT-PE)
também apresentou outras três emendas ao
PL para contemplar os pleitos dos militares
de baixa patente, buscando compensações
especialmente no Adicional de Habilitação.
Fonte: CUT
Apresentado Projeto que Regulamenta Aposentadoria por Periculosidade


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Conforme adiantado pela Confederação Nacional dos Vigilantes - CNTV, através de seu diretor e deputado distrital, Chico Vigilante e cumprindo o acordo feito por ocasião da votação do destaque que garantiu a manutenção da possibilidade de aposentadoria especial dos vigilantes e que estava sendo totalmente vetada na Constituição Federal, por causa do texto da PEC 06 da reforma da previdência, o Senador Eduardo Braga apresentou o PLC 245/2019.
O projeto além de garantir a possibilidade de aposentadoria por periculosidade para vigilantes, eletricitários, guardas municipais, dentre outros é importante para salvaguardar o pagamento do adicional de periculosidade, conquistado com muita luta pela Confederação Nacional dos Vigilantes - CNTV e seus sindicatos e federações filiadas.
Já foi detectamos e iremos sugerir alterações no texto em algumas coisas que consideramos relevantes, como a questão da idade e isso já foi acordado para ser apresentada emenda pelos senadores da bancada do PT.
Mas, para que possamos garantir a nossa vitória é importante que continuemos mobilizados e cobremos dos senadores a aprovação do PLC com as sugestões que iremos fazer.
É bom frisar que este texto não é o apresentado pelo governo, onde este pretendia a exclusão do vigilante desarmado , este é fruto de um entendimento construído através de muito diálogo e muita luta, contemplando TODOS os vigilantes.
A CNTV, seus sindicatos e federações filiadas estiveram o tempo todo a frente desta discussão, mas precisamos de mais.
Ao longo deste processo e em especial no final da votação dos destaques, nos deparamos com muitos oportunistas que nunca vieram para a luta, nunca ajudaram e por algumas vezes atrapalharam, mas este não é o momento de fazermos esta discussão. Queremos sim, dizer a estes que só se aproveitaram desta vitória, que ainda é tempo de lutar. Nunca é tarde para começarem a defender o trabalhador verdadeiramente.
Assim, companheiros, toda ajuda é bem-vinda!
Quem não luta, não é digno de vitória.
Está aí a cópia do projeto que divulgamos mais cedo, agora o oficial.
Para acessar clique no link: https://legis.senado.leg.br/sdleg-getter/documento?dm=8035426&ts=1573051696692&disposition=inline
sexta-feira, 30 de agosto de 2019
CNTV Segue em Maratona pela Defesa da Aposentadoria Especial dos Vigilantes do Brasil
Audiência na CDH, dia 23 de agosto
Chico Vigilante, diretor da CNTV e Deputado Distrital na mesa da audiência da CDH
No dia 23 de agosto, a Confederação
Nacional dos Vigilantes – CNTV, esteve
presente a convite do Senador Paulo Paim –
PT/RS, em audiência pública na Comissão de
Direitos Humanos e Legislação Participativa
– CDH, falando sobre o que representa a
Reforma da Previdência aprovada da forma
que saiu da Câmara Federal para os vigilantes
e deixando claro, que na prática, é o fim da
Aposentadoria Especial. Direito conquistado a
duras penas.
O Diretor de Assuntos Parlamentares da CNTV
e Deputado Distrital, Chico Vigilante, esclareceu
aos presentes que a reforma da previdência é uma
forma de fazer um ajuste fiscal e orçamentário
às custas dos trabalhadores mais pobres e da
classe média batalhadora, aquela que luta para
fazer seu mês caber dentro do salário. Segundo
o diretor: “a reforma reduz e impede os direitos
previdenciários, reforçando a tendência de
empobrecimento dos idosos no Brasil, atingindo
de forma duríssima os trabalhadores menos
Chico Vigilante, diretor da CNTV e Deputado Distrital na mesa da audiência da CDH
Audiência na CDH, dia 23 de agosto
2 - Notícias CNTV
qualificados, exatamente aqueles que tem
maior dificuldade de permanecer no mercado
de trabalho depois de certa idade e entre os
mais prejudicados, estão os trabalhadores
e trabalhadoras que hoje têm direito à
aposentadoria especial”.
A PEC cria requisitos absurdos que vão
impedir, na prática, a maioria dos segurados
e seguradas de alcançar uma Aposentadoria
Especial, por isso, Chico Vigilante afirmou aos
presentes, que “não é exagero algum dizer que
aposentadoria especial acabará. Em poucos
anos será praticamente impossível alguém se
aposentar com ela. Ao exigir idade mínima e
impor um redutor no valor da aposentadoria
especial leva à virtual extinção desse direito,
que foi conquistado com muita luta e sacrifício”
e continuou “quem já está em atividade especial
pode usar a regra de transição. Mas, a regra é
feita para, na prática, não ser aplicada”, lembrou
ainda, que “além desse cruel adiamento, o
valor da aposentadoria especial não será
mais integral e a média será apenas dos 80%
melhores salários”, finalizou.
A audiência foi extremamente produtiva e foi
mais um espaço ocupado pela Confederação
que vem incessantemente lutando pela
manutenção da nossa aposentadoria especial.
O consenso entre os palestrantes foi a
preocupação com o fato de que o mesmo
Congresso Nacional que quer reduzir, adiar e
impedir direitos previdenciários duramente
conquistados pelos assalariados do Brasil,
não demonstram nenhum desejo de tributar
os dividendos de grandes acionistas, nem
as heranças dos bilionários que se tivessem
domicílio fiscal nos EUA ou na Europa, pagariam
pesadas alíquotas pelo princípio da justiça
tributária, que está previsto na Constituição
Federal, mas que não é efetiva nas leis
ordinárias do país.
Fonte: CNTV
A DEFESA DA APOSENTADORIA ESPECIAL CONTINUA.
A Pedido da CNTV e do Diretor Chico Vigilante,
Senador Paulo Rocha Apresenta Emenda Que
Defende a Aposentadoria Especial
Emenda 154 da PEC 06/2019
O Senador Paulo Rocha, do PT, apresentou, a
pedido da Confederação Nacional dos Vigilantes
– CNTV e do Deputado Chico Vigilante, emenda
numerada como emenda 154 da PEC 06/2019, da
chamada Reforma (ou deforma) da Previdência.
Como todos sabemos, o texto aprovado pela
Câmara Federal praticamente extingue a
aposentadoria especial para trabalhadores
submetidos a trabalhos penosos e insalubres.
E extingue de fato para os trabalhadores que
enfrentam periculosidade. O texto proposto
pelo senador assegura a manutenção da
aposentadoria especial para todos, com os
tempos hoje vigente, de 15 anos, 20 anos ou 25
anos, de acordo com o tipo de fator de risco
e exposição aos agentes prejudiciais. É hora
dos sindicatos e federações pressionarem os
senadores nos Estados e no Senado. Vamos
salvar nossa conquista.
É agora ou nunca.
Fonte: Imprensa Chico Vigilante
4 - Notícias CNTV
Mais de 10 milhões de trabalhadores que fazem bico ganham menos que o mínimo

Levantamento de consultoria mostra que 41,7% dos que trabalham por
conta própria ganham menos do que o salário mínimo por mês. Outros
3,6 milhões conseguem R$ 10 reais ao dia
A Cai por terra a falácia de que com o
empreendedorismo, também conhecido
como bico ou trabalho por conta própria, os
trabalhadores e as trabalhadoras conseguem
rendimentos suficientes para sobreviver com
dignidade.
Levantamento inédito da consultoria IDados,
encomendada pelo Valor Econômico, mostra
que 10,1 milhões de pessoas (41,7%) se viram
como podem e sobrevivem com menos de um
salário mínino, hoje de R$ 998,00, por mês.
A situação é pior ainda para outros 15% de
trabalhadores (3,6 milhões), que conseguem
rendimentos igual ou inferior a R$ 10 reais por
dia, ou R$ 300,00 por mês.
“A parcela dos chamados ‘trabalhadores
por conta própria, ou empreendedores’, como
os neoliberais gostam de chamar esse tipo de
atividade, está na linha da pobreza”, alerta o
presidente da CUT, Vagner Freitas, se referindo
a renda mínima mensal de R$ 406,00 que o
Banco Mundial considera uma pessoa pobre.
Nordeste, região mais afetada
A situação desses trabalhadores é ainda
mais crítica na Região Nordeste, onde quatro
milhões de pessoas – dois de cada três - vivem
com menos de um salário mínimo. Desse total,
2, 4 milhões trabalham no campo. Outros 1,3
Levantamento de consultoria mostra que 41,7% dos que trabalham por
conta própria ganham menos do que o salário mínimo por mês. Outros
3,6 milhões conseguem R$ 10 reais ao dia
milhão fazem bico em pequenas indústrias de
baixa tecnologia como confecções e fábricas
de sapatos. O restante se divide em segmentos
do comércio e de serviços, como camelôs,
ambulantes, pedreiros e motoristas.
Reforma trabalhista não diminuiu
desemprego
Com cálculos baseados na Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a
consultoria concluiu que a precarização das
relações do trabalho, após a nefasta reforma
Trabalhista do ilegítimo Michel Temer (MDB-SP),
não resolveu o problema do desemprego.
Segundo o IDados, desde o segundo trimestre
de 2017, das 3,6 milhões de ocupações geradas,
quase metade (1,7 milhão) foi ocupada por
pessoas que passaram a exercer um trabalho
por conta própria.
A professora de economia da Faculdade
Latinoamericana de Ciências Sociais (FLACSO)
Ana Luiza Matos de Oliveira, diz que esses
índices são um reflexo da crise econômica e da
reforma Trabalhista. Segundo ela, o aumento do
emprego sem carteira assinada, precário, sem
acesso a direitos e que deixa os trabalhadores
desprotegidos em casos de acidentes, sem
Seguridade Social, só aumentou a partir de
2017, ano da reforma.
“No governo Temer o crescimento dos
trabalhadores sem carteira assinada e por
conta própria deu o maior salto, porque, com a
crise econômica e o aumento do desemprego,
as pessoas começaram a procurar alternativas
de trabalho”, afirma a economista.
Para Ana Luzia, o governo Temer vendeu a
reforma Trabalhista como uma forma de gerar empregos formalizados porque baixou o
patamar em termos de direitos.
“O que não era considerado formal, passou
a ser normal. E o que se vê hoje, são quatro
aplicativos, Uber, Ifood, 99 Táxi e Rappi como
os maiores empregadores do país. Juntos
trabalham para eles, sem direitos, quatro
milhões de pessoas”, conta a economista,
que também é doutora em Desenvolvimento
Econômico pelo Instituto de Pesquisa
Econômica da Unicamp.
Sem esperança de melhora num futuro
próximo
De acordo com Ana Luiza, apesar da leve
recuperação da atividade econômica no Brasil
de 2017 e 2018, ela não se refletiu no mercado
de emprego. Mas, pode piorar ainda mais neste
segundo semestre.
Com a economia do país patinando, em
recessão técnica e com índices negativos de
emprego, a perspectiva para um futuro próximo
não é nada boa para os trabalhadores - Ana
Luiza Matos de Oliveira
Segundo a economista, “os indicadores
negativos da indústria e do comércio do país,
aliados ao risco de recessão global, com países
como Estados Unidos e Alemanha revendo
seus índices de crescimento, além da guerra
comercial entre China e Estados Unidos, juntos
desenham um quadro desanimador para o
futuro do emprego e do trabalho. Isto pode
trazer sérios problemas ao Brasil”.
Confira os números de rendimento informal
por estado:
Fonte: IDados
Há um movimento para a
extinção das leis trabalhistas,
diz chefe do MPT
A população brasileira ainda vai sentir
impactos negativos das reformas que reduziram
a proteção dos trabalhadores nos últimos
anos. A renda está caindo, novas contratações
já são feitas com salários menores do que
em 2017 e empresas têm sido orientadas a
demitirem empregados e contratarem pessoas
como empresários individuais. “Foram quatro
anos em que tivemos um movimento muito
direcionado à flexibilização da legislação
trabalhista e, ultimamente, à extinção da
legislação trabalhista”.
A avaliação foi feita por Ronaldo Curado
Fleury, em entrevista para o UOL. Esta quarta
(21) é seu último dia como procurador-geral do
Trabalho. Amanhã, seu sucessor, Alberto Bastos
Balazeiro, assume a chefia do Ministério Público
do Trabalho por, no mínimo, dois anos. Tendo
assumido em 2015 e sido reconduzido em 2017,
Fleury atravessou o período de três presidentes
da República – Dilma Rousseff, Michel Temer e
Jair Bolsonaro. E também do trâmite da Reforma
Trabalhista, da Lei da Terceirização Ampla, da
Reforma da Previdência, da Medida Provisória
da “Liberdade Econômica” e de tentativas de
enfraquecer o conceito de trabalho escravo.
Para ele, “a Reforma Trabalhista buscou todas
as formas de fraudes que existiam e legalizou.
Se fosse no Direito Penal, a partir de agora
roubar seria permitido”.
“Uberização”
Diz que falta proteção aos trabalhadores
de aplicativos e que a “uberização” está
longe de ser empreendedorismo e precisa ser
regulamentada. “Ele é um trabalhador para
uma empresa que lucra com esse trabalho.”
Fleury lembra que a equidade no trabalho,
um dos temas eleitorais do ano passado,
ainda passa longe. De acordo com dados do
observatório do MPT sobre o tema, as mulheres
negras recebem 55% do salário médio dos
homens brancos. E 90% das pessoas trans são
empurradas para a prostituição por absoluta
falta de oportunidade.
5 - Notícias CNTV
Critica uma dos bordões do presidente
Jair Bolsonaro, de que trabalhadores vão ter
que escolher se querem menos direitos e
emprego ou todos os direitos e desemprego.
“Essa escolha não existe em lugar nenhum do
mundo. Se você pegar a economia mais liberal
nas relações de trabalho, os EUA, verá que a
questão de saúde e segurança é extremamente
rigorosa. Até porque as empresas têm receio.
Se um trabalhador perder uma mão ou um
braço, as indenizações podem levar a empresa
a quebrar”, afirma. Por fim, tratou do tema do
momento: o nepotismo. “Não são poucos os
casos em que prefeitos, ministros, governadores
se utilizam de empresas terceirizadas para
colocar parentes”, comentando casos que vêm
sendo combatidos pelo órgão.
Leia os principais trechos da entrevista:
UOL – Como você vê esse período de
turbulência do ponto de vista dos direitos
trabalhistas?
Fleury – Foram quatro anos em que
tivemos um movimento muito direcionado
à flexibilização da legislação trabalhista
e, ultimamente, à extinção da legislação
trabalhista. Nós temos que modernizá-la, mas
protegendo o trabalhador. O Direito do Trabalho
existe em função da desigualdade que há entre
trabalhadores e empregadores, da mesma forma
que o Direito do Consumidor existe por conta
da diferença entre o consumidor e o fornecedor
de serviços e produtos. Com 13 milhões de
desempregados e 4 milhões de desalentados,
quando o trabalhador mais precisa da proteção
do Estado, acontece exatamente o inverso,
no sentido de desregulamentar. Fala-se até
em uma relação de trabalho sem direitos –
um contrato entre duas partes no qual uma
tem indiscutivelmente o poder econômico,
de manter a contratação, e à outra só resta o
trabalho sem proteções trabalhistas, sociais e
previdenciárias.
Essas reformas pelas quais passamos
nos últimos anos foram um avanço ou um
retrocesso? Foram retrocesso, sem dúvida.
Algumas regras implantadas existiam antes da
CLT [Consolidação das Leis do Trabalho]. Ou seja,
nós tivemos um retrocesso de quase 80 anos. O
governo e o Parlamento, que aprovou as regras
da Reforma Trabalhista, trouxeram para nossa
legislação os contratos que existem lá fora, mas
sem a contraparte, que seriam as proteções.
Por exemplo, o trabalho intermitente. Muito se
falava que ele existe na Europa, nos Estados
Unidos, na Austrália. Mas nos EUA, um saláriohora mínimo médio está na faixa de 12 dólares.
Enquanto, no Brasil, é um dólar. Se queremos
trazer um normativo de fora, vamos trazer ele
inteiro, não trazer apenas o que interessa a
uma parte da relação, que é o que aconteceu
aqui no Brasil. A Reforma Trabalhista buscou
todas as formas de fraudes que existiam e
legalizou. Mutatis mutandis (expressão do
latim que significa algo como “feitas algumas
alterações”), se fosse no Direito Penal, a partir
de agora roubar seria permitido.
Por exemplo, “pejotização” sempre foi
considerada uma fraude da relação de emprego.
Você fantasia uma relação de prestação de
serviços de natureza civil para mascarar um
contrato de trabalho. Só que era usado em
grandes contratos de trabalho, de expoentes do
jornalismo, da medicina, da advocacia. Agora,
está permitido. Vivemos num país capitalista,
mas permite-se, hoje, uma empresa sem
empregados. O capitalismo, que se funda no
capital e no trabalho, vai ter capital e não vai
ter trabalho.
Mas os defensores da Reforma Trabalhista
dizem que isso continua uma fraude.
Mas não é o que eles escreveram. Nós
apresentamos alternativas durante o processo
da Reforma Trabalhista que impunham
limitações, como uma proposta de emenda
no sentido de que a “pejotização” só seria
permitida naquelas situações em que o trabalho
tivesse uma natureza própria de prestação do
serviço de autônomo, como em alguns casos de
médicos ou de alguns jornalistas.
Então, a população ainda vai sentir o
impacto dessas mudanças nos últimos anos?
Ainda vai sentir o impacto. Os números do
antigo Ministério do Trabalho, hoje Ministério
da Economia, já mostram uma diminuição da
renda do brasileiro. As novas contratações estão
sendo por salários menores do que os que eram
praticados em 2017. E muitas empresas têm sido
orientadas por seus advogados a demitirem
os trabalhadores e contratarem como “PJ”.
Aproveito aqui para falar às empresas que, por
6 - Notícias CNTV
favor, não façam isso, porque é uma fraude
escancarada. Se notícias desse teor chegarem
ao Ministério Público do Trabalho, certamente
essas empresas serão investigadas porque é
uma forma de mascarar relação de emprego. O
que – ainda – é vedado à legislação.
O presidente da República, desde a
campanha eleitoral do ano passado, repete
insistentemente que os trabalhadores vão
ter que escolher se querem menos direitos e
emprego ou todos os direitos e desemprego.
Essa dicotomia é real? Essa escolha está posta
à mesa?
Essa escolha não existe em lugar nenhum do
mundo. Se você pegar a economia mais liberal
que existe nas relações de trabalho, que são os
EUA, verá que a questão de saúde e segurança é
extremamente rigorosa. Até porque as empresas
têm receio. Se um trabalhador perder uma mão
ou um braço, as indenizações lá podem levar a
empresa a quebrar.
E isso vai contra o princípio básico da própria
vida em sociedade que todas as relações
pressupõem direitos e deveres. Como podemos
falar em relações de trabalho onde só para uma
parte não cabe direito? Ela só vai ter o dever de
trabalhar? E o empregador, ele não vai poder
exigir o trabalho de uma forma ou de outra?
Ele precisa ter esse direito, afinal é a empresa
dele, botou o dinheiro, quer ter um lucro. O
empregador não vai ter o dever de manter o
meio ambiente de trabalho saudável e seguro?
Temos cerca de sete meses da tragédia em
Brumadinho (MG), ainda estamos contando os
mortos, e já há um processo de revisão das
Normas Regulamentadoras [37 normas com
obrigações de trabalhadores e empregadores
para evitar doenças e acidentes] em que o
presidente da República fala da extinção de
90% delas. O MPT foi convidado pelo Ministério
da Economia a participar do processo e não
está havendo essa extinção de 90%. Algumas
normas precisavam mesmo ser atualizadas,
outras caíram em desuso. O que não pode
ocorrer é uma fala como essa no sentido de
que as empresas ficam liberadas para fazer o
que quiserem.
Você falou de Brumadinho. Uma das
questões polêmicas da Reforma Trabalhista
é que ela limitou a indenização por danos
morais a 50 salários contratuais da vítima. Em
determinado momento, os advogados da Vale
quiseram colocar isso na mesa de negociações
sobre as indenizações da tragédia, mas o
MPT conseguiu fechar um acordo [cerca de
R$ 3,8 milhões para cada núcleo familiar de
trabalhador]. Isso pode ajudar a mudar esse
ponto da lei?
Tem uma frase no direito sobre a criação
de leis que diz que quando a lei desconhece
a realidade, a realidade se vinga e despreza a
lei. E foi exatamente o caso. Essa previsão de
limitação do dano moral individual – que é a
dor da pessoa, o sofrimento causado à família
daquela pessoa no caso da morte – a 50
vezes o salário da pessoa traz duas situações
extremamente cruéis. A primeira é a divisão
em castas: a dor de uma pessoa que ganha
mais vale mais do que a dor de uma pessoa
que ganha menos. Só há paralelo de legislação
assim no mundo no Código de Hamurabi, datado
de mais de 3.000 anos atrás, na Babilônia, o
primeiro código reconhecido da humanidade.
Lá dizia que havia uma indenização escalonada
por uma lesão no olho se a pessoa fosse da
nobreza, cidadão comum ou escravo.
Transportando para Brumadinho: em uma
caminhonete que foi levada pela lama, havia
dois trabalhadores – um engenheiro da Vale,
e ao lado dele, um trabalhador terceirizado.
O engenheiro ganhava cerca de R$ 20 mil, ou
seja, a indenização dele estava limitada pela
Reforma Trabalhista a R$ 1 milhão. Já a dor da
família do trabalhador braçal estava limitada
a R$ 50 mil [ele recebia um salário mínimo].
Mesmo que tivesse mais filhos, pai e mãe,
irmãos e o engenheiro não fosse casado ou não
tivesse filhos.
Uma outra situação é a redução do ser humano
por ser trabalhador. A indenização de quem não
era trabalhador será definida pelo Código Civil
e não pela lei trabalhista, considerando-se uma
série de fatores. Na tragédia de Brumadinho,
havia uma pousada muito famosa, no qual
proprietário e turistas foram tragados pela lama.
A Vale vai pagar a indenização dessas pessoas
de acordo com o que for determinado pelo juiz,
independentemente do salário que ganhavam.
E havia um trabalhador que tinha um sítio e foi
levado pela lama. A esposa dizia que ele estava
de folga e a Vale que ele estava trabalhando.
Por quê? Porque se estivesse trabalhando, a
indenização estaria limitada. A que ponto a
crueldade do legislador ao estabelecer essa
limitação.
7 - Notícias CNTV
Um dos temas mais polêmicos hoje é a
“uberização”, o trabalho por aplicativos. É
possível enquadrar essas novas relações
na CLT? Vai ser necessário criar uma nova
regulação? Empresas afirmam que não há
vínculos empregatícios na relação entre elas e
os prestadores de serviços.
Já há decisões sobre isso na Espanha. Na
Inglaterra, inclusive, uma decisão foi confirmada
pelo tribunal recursal trabalhista. Durante a
Reforma Trabalhista, esse tema foi uma das
propostas que levamos à comissão especial na
Câmara dos Deputados. Se o objetivo era falar
de modernização das relações do trabalho,
vamos discutir a forma mais moderna que existe,
que é a “uberização”. Infelizmente, perdeu-se a
oportunidade de tratar de um tema que hoje
atinge cerca de 5 milhões de brasileiros, sem
qualquer proteção, praticamente à margem
da lei. Fizemos um grande estudo sobre essa
temática, que aponta caminhos que, com a
legislação que temos hoje, conseguimos regular
essa prestação do trabalho. Ajuizamos uma ação
civil pública contra a maior dessas empresas
para que haja reconhecimento do vínculo de
emprego nas hipóteses onde ele está presente.
O cidadão é um autônomo que se vê obrigado
a um contrato de adesão. Não pode negociar
nada, o contrato é aquilo, aquela forma de
remuneração. E trabalha 12, 13, 14 horas no
aplicativo. Não é empreendedorismo não, ele
é um trabalhador para uma empresa que lucra
com esse trabalho. Elas [as empresas] não
recolhem à Previdência, impostos.
A MP da “Liberdade Econômica”
propõe autorização para que esses
trabalhadores de aplicativos possam se
tornar Microempreendedores Individuais,
contribuindo sobre um salário mínimo à
Previdência.
Uma empresa do tamanho da Uber com
várias empresas prestando serviço para ela,
empresas individuais. É uma coisa meio maluca:
eu sou empresário e tenho 1000 empresários
trabalhando para mim e me dando lucro. E eu
que vou impor todas as regras, não aceito que
nada se negocie. Isso não existe em qualquer
raciocínio de mundo civilizado. E já está
caminhando para vans, fala-se em micro-ônibus.
Daqui a pouco, no andar da carruagem, teremos
linhas de ônibus feitas pela Uber. Prefiro nem
cogitar, mas em um acidente em que morram
40 pessoas num ônibus tipo Uber, quem será o
responsável? O motorista? Hoje, as empresas de
transporte público são reguladas pelo governo.
Há um processo de desregulamentação do
trabalho no Brasil? Para onde a gente vai?
Com a velocidade e a imprevisibilidade das
mudanças, hoje qualquer tentativa de saber
como será o mercado de trabalho é um mero
chute. Em países como Coréia do Sul e Japão,
extremamente evoluídos tecnologicamente e
que têm relações de trabalho mais flexibilizadas,
até hoje o que prevalece é a relação de
emprego. Ainda é a busca pela sensação de
pertencimento do empregado na empresa. Por
um motivo muito simples: se o empregado tem
essa sensação, ele tem a ideia de que faz parte
da empresa e de sua lucratividade. Vai trabalhar
melhor, vai lutar pela empresa, que vai ter mais
lucro.
Uma questão presente na campanha
eleitoral foi a da diversidade e da equidade
no trabalho. O próprio presidente, durante as
eleições, foi cobrado a dizer o que faria para
garantir essa equidade. Como poderíamos
avançar?
Lançamos o Observatório de Diversidade
e da Igualdade de Oportunidade, em que
coletamos e cruzamos dados públicos para
fornecer informações que sirvam para que
governo federal, de estados e de municípios
possam fazer suas próprias políticas públicas.
O Observatório mostra que as mulheres negras
recebem 55% do salário médio dos homens
brancos. Ou seja, estamos tratando de quase
metade da remuneração pela mesma função. E
90% das pessoas trans estão na prostituição por
absoluta falta de oportunidade. Elas têm uma
expectativa de vida de 38 anos, semelhante à
da época do mercantilismo quando o Brasil foi
descoberto.
Recentemente fechamos um termo de
cooperação com a Febraban para incentivar os
bancos a oferecerem oportunidade a todos os
que chamamos de grupos sociais minoritários
– que, na verdade, se juntarmos todos, teremos
maioria. Capacitação, acesso ao mercado.
Estamos mostrando que diversidade dá lucro.
Empresa que se preocupa em ter dentro de
sua representação a diversidade compatível
com a da nossa população, que representa
efetivamente a nossa realidade. Fazemos a
capacitação de pessoas trans, de moradores de
rua, e as empresas estão buscando as pessoas
para serem contratadas.
Fonte: UOL
Plenário pode votar projeto
que amplia permissão para
porte de armas
Entre outras medidas, o projeto também disciplina o registro de
atiradores esportivos e caçadores
O Plenário da Câmara dos Deputados pode
votar, hoje, (27), o projeto de lei que aumenta os
casos permitidos de porte de armas e disciplina
o registro de atiradores esportivos e caçadores
(PL 3723/19, do Poder Executivo).
O substitutivo do deputado Alexandre Leite
(DEM-SP) também permite a regularização da
posse de armas de fogo sem comprovação
de capacidade técnica, laudo psicológico ou
negativa de antecedentes criminais.
Essa regularização do registro da arma
poderá ser feita em dois anos a partir da
publicação da futura lei. O interessado deverá
apenas apresentar documento de identidade,
comprovante de residência fixa e prova de
origem lícita da arma, dispensados ainda o
pagamento de taxas, comprovante de ocupação
lícita e ausência de inquérito policial ou
processo criminal contra si.
O texto também diminui de 25 para 21 anos a
Deputados também podem analisar propostas como a adesão da Bolívia ao Mercosul
9 - Notícias CNTV
Expediente:
Boletim produzido pela assessoria de comunicação da CNTV
Presidente da CNTV: José Boaventura Santos
Secretário de Imprensa e Divulgação: Gilmário Araújo dos Santos
Colaboração: Jacqueline Barbosa
Diagramação: Aníbal Bispo
www.cntv.org.br
cntv@terra.com.br
(61) 3321-6143
SDS - Edifício Venâncio Junior,
Térreo, lojas 09-11
73300-000 Brasília-DF
idade mínima para a compra de armas; permite
o porte de armas para os maiores de 25 anos
que comprovem estar sob ameaça; e aumenta
as penas para alguns crimes com armas.
Perícia do INSS
Para analisar o projeto sobre armas, o
Plenário precisa votar antes o Projeto de Lei
2999/19, do Executivo, que permite ao governo
antecipar o pagamento de peritos contratados
pela Justiça Federal para atuarem em causas
de segurados carentes contra o INSS pedindo
revisão ou concessão de benefício.
Os deputados devem deliberar sobre o
substitutivo do Senado, que limita o pagamento
de uma perícia por processo judicial a
partir de 2020 e cria o Serviço Integrado de
Perícias Médicas para subsidiar as decisões
nos processos administrativos e judiciais de
benefícios do INSS.
O texto dos senadores trata ainda de
outros assuntos, como valor base mínimo
para decisões de causas trabalhistas; critérios
de distância da sede a partir da qual causas
previdenciárias poderão ser julgadas na Justiça
estadual em vez da federal; competências do
Conselho de Recursos da Previdência Social;
e compartilhamento de dados entre o Fisco
federal e os estaduais, que constava do projeto
de lei de conversão da Medida Provisória 881/19.
Privatização e bens apreendidos
Duas medidas provisórias dependem de
leitura de ofício de encaminhamento para
tramitarem na Câmara. A MP 882/19, que perde
a validade no dia 31 de agosto, permite ao Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES) usar uma nova modalidade na
contratação de consultoria técnica para montar
projetos de parceria público-privada (PPP) ou
de privatização.
Segundo o governo, a nova modalidade,
chamada de colação, foi desenvolvida pelo
banco com base em outras usadas pelo Banco
Mundial (shortlist) e pela União Europeia
(diálogo concorrencial).
O parecer sobre a MP, de autoria do senador
Wellington Fagundes (PL-MT), permite que
o BNDES use cadastro próprio ou “rankings
externos consagrados” no respectivo segmento
de atuação para enviar essas consultas a três ou
mais profissionais, empresas ou entidades de
“elevada especialização técnica” que atendam
a requisitos de habilitação.
Já a MP 885/19 agiliza o repasse a estados
e ao Distrito Federal de recursos decorrentes
da venda de bens apreendidos relacionados
ao tráfico de drogas, mudando também
procedimentos para essa alienação.
Segundo o texto, o repasse aos outros entes
federados não dependerá mais de convênio e
poderá ser de forma direta. O relator da medida
provisória, deputado Capitão Wagner (Pros-CE),
adicionou à proposta a determinação de que as
armas apreendidas em operações de combate
ao tráfico sejam destinadas, prioritariamente,
para os órgãos de segurança pública ou as
Forças Armadas.
Fonte: Câmara dos Deputados
Aposentadoria Especial

DISTRITO FEDERAL
Diretores do SindesvDF participam de audiência pública interativa na CCJ em defesa da
Aposentadoria Especial.
|| Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado ||
O Sindicato dos Vigilantes do DF (SindesvDF)
designou diretores desta entidade para
se fazerem presentes nas audiências na
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do
Senado Federal em que se discute a ‘Reforma’
da Previdência, para defender emenda ao
projeto que inclui a Aposentadoria Especial
dos vigilantes. Estes diretores estarão
presentes em todas as audiências e em todas
as comissões que debaterem o assunto.
DISTRITO FEDERAL
Sabemos o quanto esta luta é difícil, mas
vamos lutar até o final defendendo esse direito
duramente conquistado pelos vigilantes.
Cada vigilante pode ajudar entrando em
contato com os senadores, ligando, mandando
e-mail e pressionando nas redes sociais pedindo
que mantenham a Aposentadoria Especial dos
vigilantes.
Fonte: SINDESV DF
RIO GRANDE DO NORTE
SINDSEGUR SE MANIFESTA CONTRA
AGÊNCIA BANCÁRIA QUE TRABALHA
SEM SEGURANÇA NO TIROL
O Sindsegur, em parceria com o Sindicato
dos Bancários do RN, fechou na manhã desta
quinta-feira, 22, a agência do Santander Tirol
devido a ausência de vigilantes. Além de ter
suspendido a vigilância, o banco também
retirou a porta rotatória da agência deixando
funcionários e clientes expostos.
A atitude do Santander vem em consonância
com a conjuntura nacional de ataque aos
trabalhadores e fechamento de postos de
trabalho, aumento o desemprego. Para fazer
isso o Banco alega ter retirado os numerários
nas agências, no entanto, mantém os caixas de
autoatendimento.
O problema começou a cerca de duas
semanas e o Sindsegur já esteve na agência
anteriormente, através da Operação Tsunami,
comprovando a irregularidade. Hoje foi um
primeiro aviso, mas caso não seja tomada uma
providência por parte do Banco, os Sindicatos
prometem manter o fechamento por tempo
indeterminado.
Fonte: Sindsegur
sexta-feira, 23 de agosto de 2019
Projeto sobre porte de armas
Projeto sobre porte de armas pode ser votado esta semana
Projeto do governo permite a concessão de porte de armas de fogo para novas categorias
O plenário da Câmara dos Deputados pode votar, esta semana, o Projeto de Lei 3.723/19, do Poder Executivo, que permite a concessão, por decreto presidencial, de porte de armas de fogo para novas categorias, além das previstas no Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/03). Na semana passada, o plenário da Casa aprovou o regime de urgência para votação da proposta.
Atualmente, o porte só é permitido para as categorias descritas no Estatuto do Desarmamento, como militares das Forças Armadas, policiais e guardas prisionais. O porte de armas consiste na autorização para que o indivíduo ande armado fora de sua casa ou local de trabalho. Já a posse só permite manter a arma dentro de casa ou no trabalho.
O relator do projeto, deputado Alexandre Leite (DEM-SP), acatou três das 20 emendas apresentadas à proposta, como estender o porte de arma para os oficiais de Justiça e para os oficiais do Ministério Público.
Outra emenda quer incluir os integrantes dos órgãos policiais da Câmara Legislativa do Distrito Federal e das assembleias legislativas dos estados na lista dos autorizados a ter porte de arma e permitir os órgãos a comprar armas de fogo de uso restrito sem autorização do Comando do Exército.
Reforma tributária
A comissão especial da Câmara que analisa a proposta de emenda à Constituição (PEC 45/19) da reforma tributária vai ouvir na terça-feira (20) o autor da matéria, deputado Baleia Rossi (MDB-SP). Também será ouvido o economista Bernardo Appy, que preparou a proposta da Câmara, que unifica tributos sobre a produção e o consumo arrecadados pela União, pelos estados e pelos municípios, e cria outro imposto sobre bens e serviços específicos, cujas receitas ficarão apenas com o governo federal.
Na semana passada, a comissão aprovou o plano de trabalho do relator, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Ele propôs oito audiências públicas na Câmara sempre às terças-feiras, e seminários em cada uma das cinco regiões do país, em datas ainda serem definidas. O relator espera apresentar o parecer a partir de 8 de outubro.
A comissão especial da Câmara que analisa a proposta de emenda à Constituição (PEC 45/19) da reforma tributária vai ouvir na terça-feira (20) o autor da matéria, deputado Baleia Rossi (MDB-SP). Também será ouvido o economista Bernardo Appy, que preparou a proposta da Câmara, que unifica tributos sobre a produção e o consumo arrecadados pela União, pelos estados e pelos municípios, e cria outro imposto sobre bens e serviços específicos, cujas receitas ficarão apenas com o governo federal.
Na semana passada, a comissão aprovou o plano de trabalho do relator, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Ele propôs oito audiências públicas na Câmara sempre às terças-feiras, e seminários em cada uma das cinco regiões do país, em datas ainda serem definidas. O relator espera apresentar o parecer a partir de 8 de outubro.
Aposentadoria dos militares
A comissão especial da Câmara que vai debater a aposentadoria dos militares das Forças Armadas se reúne na terça-feira (20) para eleger os três vice-presidentes e para definir o roteiro de trabalho do colegiado.
A comissão especial da Câmara que vai debater a aposentadoria dos militares das Forças Armadas se reúne na terça-feira (20) para eleger os três vice-presidentes e para definir o roteiro de trabalho do colegiado.
Na semana passada, a comissão elegeu como presidente o deputado José Priante (MDB-PA) e como relator o deputado Vinicius Carvalho (PRB-SP). A instalação do colegiado, composto de 34 membros titulares e igual número de suplentes, foi feita na quarta-feira (14).
Segundo o Projeto de Lei 1645/19, enviado pelo governo em março deste ano, os militares passarão a contribuir mais para a previdência especial e a trabalhar mais para terem direito a aposentadorias e pensões.
Fonte: G1

sexta-feira, 16 de agosto de 2019
Estatuto da Segurança Privada deve ser votado em setembro no Senado

NITEROI/RJ
Vigilantes, dirigentes da Confederação Nacional dos Vigilantes, representantes de empresas de segurança, de transporte de valores e de bancos participaram de audiência pública na Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle (CTFC), no Senado Federal, em Brasília, nesta quinta-feira (08/08).
NITEROI/RJ
Representando o Estado do Rio, participaram da reunião diretores dos Sindicatos dos Vigilantes de Petrópolis e região e Niterói e regiões. A proibição à participação de bancos nacionais e estrangeiros no capital das empresas de transporte de valores é o ponto mais polêmico do projeto que cria o Estatuto da Segurança
2 - Notícias CNTV
Privada e das Instituições Financeiras. “Esse tema diz respeito à atividade concorrencial e é um “jabuti” na atualização da lei da segurança privada. Mas o problema será resolvido e a proposta votada em setembro”. Esse foi o encaminhamento dado pelo relator do projeto do estatuto, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), após pedido da CNTV para que o projeto fosse colocado logo em votação. Randolfe disse ter pressa para votar a atualização da legislação que é da década de 1980, quando não havia celulares, computadores, cartão de crédito e monitoração e segurança eletrônica. A nova lei vai substituir a lei nº 7.102/1983 e permitir a retirada da clandestinidade de milhares de profissionais que hoje atuam à margem da fiscalização da Polícia Federal, em atividades irregulares de vigilância, principalmente a eletrônica. “Nossa expectativa é que com a atualização da lei 7.102 tenhamos a criação de pelo menos 100 mil vagas empregos de imediato para a categoria” frisou Cláudio Vigilante, presidente do Sindicato de Niterói (SVNIT) e Secretário Geral da CNTV. “Há uma controvérsia que nada tem a ver com os vigilantes, no meio de toda a história tem um jabuti, e jabuti em árvore ou foi enchente ou mão de gente. Então vamos resolver o jabuti, vamos tirar da árvore. Temos que nos voltar nesse Senado para os interesses dos que mais precisam, os que não têm emprego no Brasil, os trabalhadores. Vejo uma enorme luta comercial em torno desse projeto, mas minha preocupação está no interesse dos vigilantes, na geração de emprego e nos direitos mínimos deles” reafirmou o senador Randolfe. “Viemos a Brasília para dois importantes momentos na história da nossa categoria.
Estamos lutando para manter a nossa aposentadoria especial e também pela rápida aprovação do Estatuto da Segurança Privada. Trabalhamos sempre em prol da nossa categoria”, completa Nilson Araújo, diretor do Sindicato de Petrópolis. Valores Representantes das empresas de transporte de valores argumentaram que a proibição à participação de capital de bancos nacionais e estrangeiros na composição acionária de empresas que fazem a guarda e transporte de valores, como prevê o texto que veio da Câmara ao Projeto de Lei do Senado 35/2010, fere o princípio constitucional da livre iniciativa e prejudica a concorrência. Eles também reclamaram que essa alteração tão importante foi inserida em Plenário pelos deputados sem que tenha sido discutida e se alcançado o consenso, como em todo o resto do texto, e pediram a retirada dos dispositivos. Seguranças Os representantes da CNTV fizeram um apelo a Randolfe para que apresente o mais rapidamente possível seu relatório à CTFC e o texto seja aprovado. A Lei 7.102, de 1983, que rege a categoria, precisa passar por atualização urgentemente. Segundo dados, há 2.690 empresas atuando de maneira legal e outras mais de 11.200 irregulares, sem fiscalização da Polícia Federal e trazendo insegurança jurídica e riscos para quem contrata esse serviço, especialmente no setor de segurança eletrônica. O presidente da Comissão, senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL), prometeu pautar o projeto assim que receber o relatório de Randolfe. Fonte: Com informações da Agência Senado e Sindicato dos Vigilantes de Niteroi
3 - Notícias CNTV
Senadores que votarão reforma de Bolsonaro devem R$ 26 milhões à Previdência
Levantamento feito pelo Brasil de Fato, usando dados da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, mostra que o Senado que vota a partir da próxima semana a reforma da Previdência deve R$ 26 milhões justamente à Previdência. Caso fosse dividido entre os 81 parlamentares da Casa, a dívida per capita do Senado seria de R$ 319 mil. Ao todo, 10 senadores, ou 12% do Senado, devem à Previdência. São eles, pela ordem de débitos: Jader Barbalho (MDB-PA), Acir Gurgacz (PDT-RO), Eduardo Girão (PODEMOS-CE), Marcos do Val (CIDADANIA-ES), Cid Gomes (PDT-CE), Chico Rodrigues (DEM-RR), Daniella Ribeiro (PPPB), Arolde de Oliveira (PSD-RJ), Rose de Freitas (PODEMOS-ES) e Vanderlan Cardoso (PP-GO). Dos 16 partidos que ocupam as cadeiras do
Senado, sete mantêm em suas fileiras senadores com dívidas com a Previdência. Puxado por Jader Barbalho, o MDB lidera, seguido, na ordem, por PDT, PODEMOS, CIDADANIA, DEM, PP e PSD (ver quadro com os valores). Ocultação de patrimônio Renato Gomes, advogado tributarista e doutor em Direito Político Econômico, entende que a dívida dos senadores pode ser ainda maior, por conta da prática “comum” na classe política de ocultar patrimônio. Porém, a manobra é complexa. “A classe política oculta patrimônio porque tem acesso às informações e usa esses recursos”, afirma. De acordo com o tributarista, os senadores deveriam oferecer o exemplo à sociedade no trato com a Previdência. “A inadimplência contribui para o rombo. Se você tem uma previsão orçamentária de recebimento desses valores e esses valores não são recebidos, esse impacto é considerado”, finaliza. No Pará, Barbalho se tornou cacique do MDB e do calote Por ironia, a maior dívida previdenciária entre os 81 senadores pertence a um parlamentar que já foi ministro da Previdência. É Jader Barbalho (MDB-PA), quadro histórico do MDB, que em 1988, durante o governo de José Sarney, chefiou a pasta. Ao todo, o parlamentar deve R$ 21.475.577,16 à Previdência. O imponente valor da dívida de Jader Barbalho é oriundo de quatro empresas. O Diários do Pará Ltda deve R$ 12.907.975,37; a RBA Rede Brasil Amazonia de Televisão Ltda acumulou outros R$ 8.493.581,22 em débitos
Dos 16 partidos que ocupam as cadeiras do Senado, sete mantêm em suas fileiras senadores com dívidas com a Previdência
4 - Notícias CNTV
com a Previdência; já o calote da Agropecuária Rio Branco foi de R$ 59.284,28. Por fim, a sede do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) do Pará, partido a qual o senador é filiado desde o início de sua trajetória política, está no nome do parlamentar e deve outros R$ 14.736,29 ao programa de seguro público. Durante a campanha eleitoral de 2018, que terminou com a eleição de Barbalho ao Senado com 1,3 milhões de votos, o paraense se manifestou a favor de reformar a Previdência. Porém, desde que assumiu o mandato, ainda não expôs publicamente sua posição sobre a proposta apresentada, e aprovada, na Câmara dos Deputados, para reformar as regras para acesso à aposentadoria. Nos dois turnos da votação da reforma, o MDB, partido de Jader Barbalho, fechou questão para que os 34 deputados federais votassem “sim” para o projeto. Não houve dissidência e todos os parlamentares seguiram a determinação do partido. Com uma fila de escândalos políticos em 52 anos de carreira, o paraense teve seu primeiro cargo público em 1967, quando foi eleito vereador em Belém. Foi governador do Pará entre 1983 e 1987, cargo que voltou a ocupar entre 1991 e 1994. Em 1995, foi eleito senador, seu primeiro mandato na Casa. De lá, saiu em 2001, após uma série de escândalos de corrupção, que o fizeram renunciar para evitar a cassação. Somente em 2019, conseguiu novamente uma cadeira no Senado. Condenado e endividado O senador Acir Gurgacz (PDT-RO), que em outubro de 2018 foi condenado pelo Superior Tribunal Federal (STF) a quatro anos e seis meses de prisão por crimes contra o sistema financeiro, é o segundo maior devedor entre os senadores, com dívida de R$ 4.180.985,93. Do total que ultrapassa R$ 4 milhões, R$ 3.326.640,42 correspondem à empresa Coexp Comércio e Construção Ltda. Outros R$ 854.345,51 são oriundos da Amazonia Publicidade Ltda. Paranense de Cascavel, Gurgacz chegou ainda na década de 1970 em Porto Velho, capital de Rondônia. No Norte, fundou uma filial da empresa de transporte urbano e rodoviário da família, que em pouco se espalhou por diversos setores, como mineração, construção civil, educação e pecuária. O primeiro cargo político
veio em 2000, quando foi eleito prefeito de JiParaná (RO). Em 2006, elege-se para o Senado, de onde não saiu mais. Cumprindo prisão no regime semiaberto, Gurgacz precisa dar expediente todos os dias no Senado, para evitar uma regressão de sua pena. Recentemente, pediu para sair do país e passar férias com a família no Caribe. O pedido foi indeferido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Sobre a reforma da Previdência, em entrevista recente ao Congresso em Foco, Gurgacz afirmou estar indeciso sobre seu voto. “Acho que é prudente ver quais mudanças os deputados vão fazer no segundo turno para poder tomar uma decisão. Da maneira que está, votaria contra. Precisamos saber de onde vem essa economia de quase R$ 1 trilhão. Se vai sair da população não é economia, porque nós estamos em recessão e não podemos tirar dinheiro do mercado”, afirmou o senador que deve R$ 4 milhões à Previdência. Na Câmara dos Deputados, o PDT, partido de Gurgacz, fechou questão para votar contra a reforma da Previdência. Porém, oito parlamentares, liderados por Tabata Amaral (PDT-SP), votaram favorável ao projeto. A desobediência gerou um processo interno na comissão de ética do partido, que analisará possíveis retaliações aos dissidentes. O milionário devedor O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que possui R$ 36 milhões em bens. Nem mesmo toda a fortuna fez com que o empresário, que atua nos setores hoteleiro e de segurança privada, quitasse sua dívida de R$ 92.421 com a Previdência. Os valores são devidos pela empresa Ceará Segurança e Eletrônica Serviços Ltda. O senador também mantém uma dívida de R$ 255 mil com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O montante corresponde ao calote no direito trabalhista dos funcionários da Life Empreendimentos e Serviços Ltda, empresa da qual o senador é sócio. Em discurso no plenário do Senado, Girão já confirmou que é favorável à reforma da Previdência. “Esta reforma é necessária, sim, e importante para o Brasil. A responsabilidade não é só do governo ou da Câmara, mas também
5 - Notícias CNTV
do Senado da República, que não pode se eximir de ouvir a sociedade na busca de aperfeiçoamento ao texto, em nome da Justiça e do bem da população. E essa discussão não pode ser açodada. Ela precisa ter maturidade, ter serenidade e esta Casa tem a prerrogativa de fazer isso”, argumentou o empresário. Os demais Lobista da indústria das armas, o senador Marcos do Val (Cidadania-ES) acumula R$ 53 mil de débitos com a Previdência, gerados pela empresa C.A.T.I. Treinamento Policial Ltda, da qual era sócio. O capixaba é favorável à proposta de reforma. Outro representante do PDT na lista do calote na Previdência é o senador Cid Gomes (PDT-CE), que acumula R$ 41.356,09 em dívida, originados pela empresa Corte Oito Gestão e Empreendimento Ltda, que tem o parlamentar em seu quadro societário. Em entrevistas e nas redes sociais, o irmão de Ciro Gomes tem atacado a reforma da Previdência e já declarou que não votará favorável ao projeto. O senador Chico Rodrigues (DEM-RR), exgovernador de Roraima, afirmou na última quinta-feira (8), que a reforma da Previdência aliviará as contas públicas brasileiras e conferirá, finalmente, um justo sistema previdenciário ao país”. Se no discurso o parlamentar está afinado com o zelo com os cofres da União, o mesmo não se pode dizer na prática. Sua empresa, a San Sebastian Construções Transportes Terraplanagem e Agropecuária Ltda, mantém uma dívida de R$ 37.344,84 com a Previdência. Com R$ 2 milhões de bens declarados ao TSE, o parlamentar afirma que precisou parcelar o débito previdenciário. Primeira mulher eleita pela Paraíba para ocupar uma cadeira no Senado, Daniella Ribeiro (PP-PB), também é a favor da reforma da Previdência, considerando o projeto “fundamental para o país”. A senadora foi sócia na Tatianense Textil Ltda, cujo débito previdenciário é de R$ 20.871,05. Surpresa fluminense na última eleição, Arolde de Oliveira (PSD-RJ) superou os favoritos César Maia (DEM-RJ) e Lindbergh Farias (PT-RJ), se elegendo para o Senado após nove mandatos consecutivos na Câmara dos Deputados. O parlamentar é ligado a grupos
evangélicos e fundou um grupo de comunicação especializado em música gospel. Uma dessas empresas, a Rádio Ritmo Ltda é responsável pelos R$ 6.445,56 que aparecem em nome do senador. Entre os devedores da Previdência no Senado, a senadora Rose de Freitas (PODEMOSES) é a única que mantém o débito em seu próprio nome. Os R$ 5.469,52 aparecem no CPF da parlamentar. Em discurso no plenário da Casa, defendeu a reforma da Previdência como “prioridade para o país.” Depois de perder duas eleições para o governo de Goiás, Vanderlan Cardoso (PP-GO) decidiu disputar uma cadeira no Senado em 2018 e conseguiu finalmente vencer o pleito eleitoral. Empresário do ramo alimentício, o parlamentar mantém uma dívida de R$ 1.298,76 com a Previdência, acumulada pela Micos Indústria e Comércio de Produtos Alimentícios Ltda, empresa em que o senador consta como sócio. Outro lado Jader Barbalho O assessor de imprensa do senador esteve em contato com a reportagem do Brasil de Fato desde o dia 4 de agosto. Porém, até o fechamento desta matéria, não enviou nenhuma resposta do senador para os débitos. Acir Gourcaz O senador, sócio em duas empresas devedores da Previdência, enviou uma nota justificando o débito em somente uma, mas sem especificar qual. “O Senador Acir Gurgacz não tem dívida com a previdência e nem pode responder pela dívida da empresa da qual foi sócio com apenas 0,5% das cotas e desligou-se em 2009. Sabe que não estava liquidada, porque foi contestada e está sendo negociada a compensação do crédito de ação transitada em julgado contra a União, em valor superior ao total dessa dívida. Ou seja, a empresa não é devedora junto à União e sim credora.” Eduardo Girão (Ceará Segurança e Eletrônica Serviços Ltda) Em contato com o Brasil de Fato desde o dia 2 de agosto, a assessoria de imprensa do senador não enviou, até o fechamento desta matéria, uma resposta. Foi encaminhada, em 4 de agosto, uma nota Certidão Positiva Com Efeitos de Negativa que não comprova a não existência do
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débito de FGTS da Life Empreendimentos. Pelo contrário, afirmam que “há débitos no sistema da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional inscritos na Dívida Ativa da União (DAU)” e que estariam suspensos. Porém, o senador não justificou o motivo da suspensão. Sobre o débito da Ceará Segurança e Eletrônica Serviços Ltda, o parlamentar não comentou. Marcos do Val “O Senador Marcos do Val esclarece que as responsabilidades que lhe cabiam dentro da referida empresa eram da área operacional, de coordenação e montagem de treinamentos, e não da área administrativa e financeira. Esclarece ainda que, no momento da transação comercial, todos os ativos e passivos da empresa foram negociados, tendo sido assumidos integralmente pelos atuais sócios e não encontram-se mais sob sua responsabilidade. Cabe ressaltar que a empresa Marcos R do Val ME, fundada em 19/11/2012, que figura inteiramente sob responsabilidade do Senador, encontra-se totalmente em dia com suas obrigações fiscais.” Cid Gomes A assessoria de imprensa do senador foi contatada no dia 2 de agosto pelo Brasil de Fato e comunicada sobre o objetivo da reportagem. Um e-mail foi enviado para o assessor do parlamentar no dia 4 de agosto. Desde então, a reportagem não foi mais atendidos e nenhuma resposta do senador chegou antes do fechamento da matéria. Chico Rodrigues “O senador Chico Rodrigues reconhece o valor devido pela empresa San Sebastian Construções Transportes Terraplanagem e Agropecuária Ltda, e que já encontra parcelado junto a Previdência Social, sendo pago regularmente.” Daniella Ribeiro “A senadora Daniella Ribeiro (PP-PB) informa que não tem responsabilidade tampouco relação com a dívida previdenciária da empresa Tatianense Têxtil Ltda., no valor de R$ 20.871,05. Ela ocupou o cargo de diretora presidente da empresa apenas no período de 26/02/2001 a 16/09/2005, quando renunciou ao cargo e transferiu as ações que detinha em seu nome para outro sócio. Portanto, a senadora não tem mais poderes de representação
sobre a empresa desde 2005 e, com base nos documentos constitutivos e ainda, conforme a Lei das Sociedades Anônimas, em seu artigo 144, não cabe a ela a responsabilidade por dívidas de tal empresa.” Arolde de Oliveira “Na verdade há cerca de 20 anos ou mais, não posso precisar agora, minha esposa teve pequena cota de participação nessa emissora. Durante o processo de transferência dessas cotas faleceu um dos sócios iniciando-se o inventário e interrompendo o processo. Minha esposa, então, transferiu todos os direitos em cartório para o cotista Mansur. O espólio ainda não foi resolvida e, por isso, a transferência das cotas ainda não foi legalizada no Poder Concedente. Por isso minha esposa desconhece a situação contábil e fiscal da emissora.” Rose de Freitas A assessoria de imprensa informou que a senadora iria até a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional para saldar o débito. Vanderlan Cardoso “O senador Vanderlan Cardoso, através da Assessoria de Imprensa, afirmou que este débito não existe e que jamais houve cobrança da parte da Fazenda Nacional. A Assessoria Jurídica do senador solicitou a baixa desse débito do sistema da Fazenda Nacional.” Fonte: CUT Brasil com Brasil de Fato
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Vários itens foram suprimidos na versão final, para facilitar a aprovação, inclusive o item que falava em folga aos domingos no máximo a cada sete semanas. Destaques devem ser votados nesta quarta
Câmara aprova MP da ‘liberdade econômica’, depois de alterações do relator
Expediente: Boletim produzido pela assessoria de comunicação da CNTV Presidente da CNTV: José Boaventura Santos Secretário de Imprensa e Divulgação: Gilmário Araújo dos Santos Colaboração: Jacqueline Barbosa Diagramação: Aníbal Bispo
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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, recebeu empresários: eles defendem aprovação da ‘MP da liberdade econômica’ São Paulo – Com alguns itens excluídos e outros alterados, como o que fala do trabalho aos domingos, o plenário da Câmara aprovou na noite desta terça-feira (13) o texto-base da emenda substitutiva à Medida Provisória 881, a chamada “MP da liberdade econômica”, vista até então como uma “mini-reforma trabalhista”. O relator da proposta, deputado Jeronimo Goergen (PP-RS), recuou no item sobre os domingos: ele havia alterado o texto original, prevendo pelo menos um folga nesse dia em no máximo sete semanas, mas manteve o período de pelo menos um domingo de descanso por mês. Pelo texto, não há pagamento em dobro em domingos e feriados se a folga for marcada para outro dia da semana. A MP é de 30 de abril. Se não for aprovada até o próximo dia 27, perde a validade. Foram 345 votos favoráveis ao projeto e 76 contrários. Os destaques serão votados nesta quarta. Depois, o texto segue para o Senado. Outro item retirado foi o que determinava que contratos de trabalho com remuneração acima de 30 salários mínimos fossem regidos pelo Direito Civil e não pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Também caiu o fim do adicional de periculosidade para motoboys. “Estamos terminando de trabalhar, já encaminhamos para maioria dos líderes,
vou terminar de conversar com os partidos de esquerda, já organizamos o texto que respeita a Constituição”, afirmou durante o dia o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, de acordo com a agência de notícias da Casa. Segundo ele, o Supremo Tribunal Federal (STF) mandou “recado forte” sobre possível desrespeito à Constituição. “Tiramos quase tudo da reforma trabalhista e mantivemos apenas o texto com relação direta à liberdade econômica”, acrescentou. Durante seminário realizado ontem (12) na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), no Largo São Francisco, acadêmicos e operadores do Direito defenderam a suspensão da votação do projeto. Eles defendem “abertura de amplo debate sobre a matéria”, com a realização de audiência públicas e diálogo com participação social, “de forma a aclarar os efeitos prejudiciais da proposta aos trabalhadores”. Para o presidente do Sinait (sindicato dos auditores-fiscais do trabalho), a antiga MP 881 – pelo menos antes das alterações feitas pelo relator – representa outro ataque aos direitos sociais, o que se torna mais grave quando se considera que os efeitos da “reforma” trabalhista implementada em 2017 ainda não são completamente conhecidos. “Questões trabalhistas, como o salário que não observa a convenção coletiva, as férias não concedidas, as horas extras não pagas, não podem ser tratadas como multas fiscais”, disse a vice do Sinait, Rosa Jorge. “Não há relevância nem urgência do tema. Além disso, a proposta, ao querer privilegiar o tema da liberdade econômica, desconsidera que o princípio da livre iniciativa está ligado ao do valor social do trabalho”, argumentou o professor titular e Direito Econômico e Economia Política da Faculdade de Direito da USP, Gilberto Bercovici.
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