RADIO INDEPENDENCIA: Dieese aponta cenários negativos, mas avalia que crise é chance de novo projeto para o país

Postagem em destaque

Fila para 600 reais do governo

População não se preocupa com coronavírus simplesmente vão às ruas filas imensas nos bancos 

RELOGIO

sábado, 4 de abril de 2020

Dieese aponta cenários negativos, mas avalia que crise é chance de novo projeto para o país



Apesar Em seu Boletim de Conjuntura de março, o Dieese traça cenários preocupantes para a economia brasileira em 2020. Mas também observa que a crise ampliada pelo coronavírus pode ser oportunidade para se discutir um novo padrão de desenvolvimento. “Na encruzilhada histórica em que está o país, a possibilidade de mudar o rumo da economia é uma oportunidade única”, afirma o instituto, citando ações emergenciais necessárias para este momento, sugeridas pelas centrais sindicais, como a renda mínima, a defesa do emprego e dos direitos sociais. “O momento é oportuno também para que a sociedade encare os problemas estruturais do Brasil e reflita sobre as necessárias ações de longo prazo capazes, enfim, de superar o subdesenvolvimento.” Assim, com a redução da atividade econômica global, “a ampliação do papel do mercado interno se faz não apenas desejável, mas necessária”, sustenta o Dieese, para em seguida manifestar preocupação com a atual política. “Contudo, o governo federal caminha na contramão, ao estimular o aprofundamento da precariedade nas relações de trabalho e permanecer somente no campo das intenções para a adoção de um programa mais amplo de disponibilização de recursos às populações socialmente vulneráveis”, acrescenta. Presença do Estado Os riscos em consequência da pandemia são
Dieese aponta cenários negativos, mas avalia que crise é chance de novo projeto para o país
sérios, lembra o instituto. “Entre eles, destacamse a pressão inflacionária que pode ser gerada pela acentuada desvalorização cambial do real, mesmo em contexto de recessão; a intensa saída de capitais, que já vem ocorrendo desde o ano passado; e os impactos nos preços e na demanda das commodities (soja, minério de ferro), principais produtos que compõem a pauta exportadora do país.” Considerando a falta de investimentos privados (“Muito pouco prováveis nesse cenário de incertezas e pessimismo”) e da queda do rendimento do trabalho, a presença do Estado torna-se mais importante. “Só investimentos públicos maciços e instrumentos de preservação de renda poderão evitar uma brutal recessão.” O Dieese traçou três cenários, com a ressalva de que não consideram o reflexo de medidas que possam ainda ser adotadas para enfrentar a recessão. No pior cenário, o Produto Interno Bruto (PIB) cairia 8,5% neste ano e o total de desempregados, hoje de 12,3 milhões, aumentaria em 4,4 milhões. Em um quadro intermediário, o PIB teria retração de 4,4% e o número de desempregados cresceria em 2,3 milhões. Por fim, o cenário “otimista” indica queda de 2,1% e acréscimo de 1,1 milhão ao contingente de desempregados no país. “Ressalve-se que o número de desocupados é volátil, uma vez que um trabalhador pode sair da condição de ocupado, ingressar na desocupação rapidamente e, posteriormente, transformarse em subocupado, muitas vezes em trabalho informal”, diz ainda o Dieese. “Porém, não há dúvida de que o impacto no mercado de trabalho em qualquer dos cenários aqui desenhados – mesmo no mais otimista – será dramático, com repercussões sociais imprevisíveis.” O instituto defende “acordos políticos” urgentes. Fonte: RBA
Nova situação do mundo obrigará a privilegiar mercado interno, com investimentos públicos
6 - Notícias CNTV
Em 2019, saldo foi de 644 mil vagas. Em 2010, de 2,5 milhões
Sem informações, país fica sem registro de emprego formal em 2020 Problemas são anteriores à pandemia e surgiram depois de mudanças feitas pelo governo no sistema de transmissão de dados
O país está, desde o início do ano, sem dados sobre o mercado formal de trabalho no país, consolidados no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Registro administrativo de contratações e demissões de trabalhadores com carteira assinada, o Caged é mantido desde os anos 1990 e divulgado todos os meses. A Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia, informou nesta semana “que identificou a falta de prestação das informações sobre admissões e demissões por parte das empresas, o que inviabilizou a consolidação dos dados” referentes a janeiro a fevereiro. Até 2018, o Caged era divulgado pelo Ministério do Trabalho, extinto por Jair Bolsonaro. Pelo informe, os problemas são anteriores à crise do coronavírus. “Trata-se de dados de envio obrigatório e de responsabilidade das empresas e que, na presença de subdeclaração, podem comprometer a qualidade do monitoramento do mercado de trabalho brasileiro”, diz ainda o Ministério da Economia.
Seguro-desemprego Essas “subdeclarações” concentram-se nos dados de desligamentos, segundo o governo. Com isso, se fosse divulgado, o saldo poderia ser maior do que é efetivamente. “Somente em janeiro, verificou-se que ao menos 17 mil empresas deixaram de prestar informações ao eSocial relativas aos desligamentos realizados, o que representa 2,6% do total de empresas que tiveram movimentações no período.” O Ministério da Economia afirma, que “em esforço conjunto” com o Conselho Federal de Contabilidade, está entrando em contato com as empresas para retifiquem e reenviem os dados. No entanto, o cenário de pandemia causada pela Covid-19 tem dificultado a autorregularização de parte das empresas.” Mas o próprio governo admite que as dificuldades recentes vêm de mudanças feitas para “desburocratizar” o envio de informações. “Apenas no último semestre de 2019 foram substituídas quatro obrigações trabalhistas para simplificar o processo de transmissão de informações por parte das empresas: Caged, Relação Anual de Informações Sociais (Rais), carteira de trabalho e o livro de registros de empregados.” A pasta da Economia afirma que dará “ampla divulgação” dos dados assim que a situação for normalizada. E informa que a situação não interfere no pedido e na concessão do segurodesemprego aos trabalhadores que tenham perdido seus empregos”. O pedido pode ser feito de forma virtual e por meio do aplicativo Carteira de Trabalho Digital. Em 2019, o Caged registrou saldo de 644.079 vagas formais. O melhor ano da recente série foi 2010, com saldo de 2.543.177. O estoque em dezembro era de 39,055 milhões de postos de trabalho. Em igual mês de 2014, atingia 40,810 milhões. FONTE: RBA



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pelo seu comentário